Carros sem motorista, relógios com acesso à internet, óculos que projetam imagens de realidade aumentada. Parece ficção científica, não é? Mas o futuro da tecnologia está logo aí, a transformação digital segue avançando e boa parte dessas invenções já existem.
Isso também não é coincidência, já que a ficção é um dos primeiros contatos que as pessoas têm com ciência e tecnologia. Por isso, boa parte dos executivos que investem nesse universo estão apenas realizando seus sonhos de criança — tornar possíveis as ideias das histórias que conheciam na infância.
O autor Júlio Verne é um exemplo, sendo apontado como o homem que “previu” a criação dos submarinos e a viagem à Lua. A ideia do post é justamente mostrar os caminhos do futuro da tecnologia, revelando o que esperar, quais são as tendências e perspectivas para os próximos anos, como se preparar e por aí vai. Você me acompanha nesta leitura?
O que esperar do futuro da tecnologia?
A tecnologia e a internet já estão no centro da vida das pessoas. Olhar o smartphone e usar redes sociais é quase um esporte nacional. Mas o que será que os próximos anos reservam aos consumidores? Você vai descobrir nos próximos tópicos!
Entregas por drones
Uma das hipóteses que os futuristas costumam levantar é a de que os drones vão ser amplamente usados para entregas em hospitais, por exemplo. A Anac já liberou a atividade no Brasil e empresas como a Speedbird já fazem seus testes.
A startup tem parceria com o iFood para fazer as entregas de delivery via drone. O grande entrave desse tipo de atividade é a regulação, já que existem barreiras para os operadores guiarem os drones fora de seus campos de visão: algo exigido no delivery.
Uma das formas é começar a fazer isso por meio da entrega mista. Isso porque entregas nas janelas, por exemplo, ainda não são consideradas seguras. Assim, os drones percorreriam a primeira parte do trajeto, enquanto os entregadores fariam a segunda.
Evolução da inteligência artificial
Há bastante investimento em inteligência artificial, e as máquinas com consciência própria sempre povoam as hipóteses para o futuro da tecnologia. Boa parte desse movimento já está acontecendo. A honconguesa Sophia, por exemplo, é o primeiro robô a receber uma cidadania e chegou a fazer um pronunciamento para a ONU.
Já nos anos 1960, Gordon Moore fez uma aposta que ficou conhecida como a “Lei de Moore” — a de que os computadores dobrariam seu padrão de processamento de 18 em 18 meses. Embora essa evolução demore 6 meses a mais do que o previsto, ela realmente acontece.
Ainda assim, máquinas com intelecto similar ao humano ainda são um sonho distante. O pesquisador da Google, Ray Kurzweil, afirmou em 2006 que os computadores alcançariam o poder intelectual da mente humana em 2020, coisa que ainda está longe de acontecer.
Carros autônomos
Uma possibilidade que costuma aparecer para o futuro da tecnologia é a dos carros autônomos se tornarem maioria. Por enquanto, a tecnologia ainda é um protótipo, mas empresas como a sueca Volvo já estão investindo na ideia.
Ainda assim, isso não significa que a inteligência artificial não dê as suas caras já nos carros comuns. Modelos como o Mercedes CLS são capazes de frear automaticamente quando há risco de acidente e outros veículos emitem sinais se os motoristas cruzam faixas proibidas.
Uma das principais vantagens apontadas pelos fabricantes para os carros autônomos é a diminuição dos acidentes, já que mais de 90% acontecem por efeito de erros humanos. Os veículos ainda diminuem o consumo por tornar o tráfego fluido.
Robôs domésticos
Já imaginou se os robôs fizessem parte da rotina de casa? Uma das apostas é a de que as máquinas poderiam até servir de companhia para pessoas que moram sozinhas. Algumas marcas como a Samsung já têm apostado na tecnologia.
O Bot Handy é capaz de fazer algumas tarefas rotineiras, como colocar a louça na pia e arrumar as roupas. Já o assistente Bot Care, outro da marca, age como o robô C3PO dos filmes do Star Wars, reconhecendo os padrões de comportamento das pessoas e encontrando formas de ser útil.
Mas os robôs da concorrência não ficam muito atrás. O Asimo, a máquina da Honda, tem aparência humanoide e é capaz de fazer várias tarefas, como servir café, dançar e até jogar futebol.
Realidade virtual acessível
Embora a internet permita até a realização de festas virtuais, muita gente reclama das limitações de interagir com as pessoas por meio de uma tela simples. Mas as apostas para o futuro trazem a possibilidade de a realidade virtual ser usada até em sala de aula.
Algumas iniciativas já estão disponíveis para o público. O Horizon Workrooms, por exemplo, é um aplicativo de realidade virtual lançado pelo Facebook para fazer reuniões remotas. Outro uso é pelas agências de turismo, trazendo a possibilidade de viajar virtualmente para atrações turísticas.
A realidade virtual aos poucos ganha espaço até no mundo da psicologia. O aplicativo Face Your Fears é direcionado para que as pessoas enfrentem seus medos e fobias, fazendo uma espécie de exposição virtual.
Novos usos para impressoras 3D
As apostas futuristas mais ousadas levam as impressoras 3D à possibilidade de imprimir casas. Isso mesmo! Existem até algumas iniciativas já investindo na tecnologia. É o caso da startup norte-americana Mighty Buildings, que lançou o primeiro conjunto residencial impresso.
A promessa é ter preço acessível, ficando 45% abaixo dos imóveis tradicionais. As impressoras geralmente trabalham com uma tecnologia elaborada, em que um objeto é construído em três dimensões inicialmente via software ou escaneado da vida real.
A partir daí, o item é impresso em camadas, com a união dos vários pedaços da matéria-prima. Isso inclui borracha, papel, plástico, metal e por aí vai. Ainda assim, o processo não é simples e um objeto pode demorar dias para ser impresso.
Energia renovável amplamente usada
A esperança dos ambientalistas é a de que os combustíveis fósseis deixarão de ser necessários ou existirão unicamente para aviões. O futurista Ian Pearson, por exemplo, apostou na possibilidade de fazendas de energia solar serem criadas no Deserto do Saara.
Mas ainda há alguns entraves para sua adoção. O primeiro é o custo, mais alto do que poluentes como petróleo e carvão. O segundo é o fato de terem um consumo muito condicionado à natureza.
Isso significa que se houver um inverno mais prolongado e pouco vento, por exemplo, o consumo de energia solar e eólica pode ficar comprometido. Por isso, as iniciativas ainda investem em geradores poluentes de emergência.
Quais são as tendências e perspectivas para o futuro da tecnologia?
Embora o futuro da tecnologia seja um tema que chama muita atenção, talvez você esteja se perguntando em que tipo de tecnologia vale a pena apostar hoje. As principais tendências apontam para entrega resiliente, centricidade das pessoas e arbitrariedade geográfica. Entenda o que isso significa!
IoT
A Internet das Coisas tem sido uma aposta frequente graças à chegada do 5G. A conectividade torna mais viável a interação dos vários dispositivos, favorecendo o surgimento de casas e ambientes inteligentes. As “coisas” da IoT são os dispositivos que podem ser conectados.
São os eletrodomésticos, os carros, as lâmpadas, os equipamentos de automação etc. Assim, a proposta usa tecnologias que já estão disponíveis, mas de outra forma. No Brasil, já são comuns assistentes virtuais como a Siri, a Alexa e a Cortana, capazes de interagir com aparelhos conectados na mesma rede. Também há dispositivos inteligentes, como lâmpadas controladas remotamente e robôs aspiradores.
5G
Boa parte das pessoas ainda tem dificuldade de consumir conteúdos que exigem uma boa internet fora de casa, dependendo de uma poderosa conexão Wi-Fi para materiais mais robustos. O 5G vem justamente para mudar isso.
A grande novidade é a possibilidade de trabalhar com frequências mais altas, contando com uma velocidade maior e uma latência pequena. Assim, pode-se chegar aos 30 gigabits por segundo, permitindo baixar, por exemplo, um filme 4K em três segundos.
Outra diferença é a capacidade do 5G de suportar uma quantidade alta de conexões simultâneas. Isso facilita o uso da Internet das Coisas, como mencionei anteriormente, já que mais dispositivos vão poder estar conectados ao mesmo tempo.
IoB
Enquanto o 5G não se populariza, modelos como a internet por fibra ótica seguem como as melhores alternativas para quem tem um consumo exigente. Mas a necessidade tende a crescer com a IoB, ou Internet do Comportamento.
Lembra da Internet das Coisas, que interconecta dispositivos físicos? Então, a IoB funciona de forma similar, referindo-se à coleta de informações que dão pistas sobre as preferências e comportamentos dos consumidores.
Assim, a IoB trabalha com os dados trazidos pela atividade online dos usuários. Suas descobertas dão margem para a criação de novas experiências do usuário (UX) e ainda ajudam na hora de compor os anúncios.
Hiperautomação
Automação é uma ideia que volta e meia pinta nos debates sobre o futuro da tecnologia. Mas você já ouviu falar da hiperautomação? Aqui, o conceito vai além de seus limites, combinando inteligência artificial, machine learning e robótica.
O objetivo é controlar as soluções para as tarefas repetitivas, automatizando a automação. Confuso? Geralmente, isso passa pelo ciclo de descoberta, insight e execução. E a principal diferença é a extensão, abrangendo trabalhos mais complexos.
Nesse modelo, a tecnologia é usada para determinar até onde uma empresa pode automatizar. Os principais desafios fazem parte das próprias escolhas das empresas, definindo como calcular o retorno sobre investimento e definir a infraestrutura ideal.
Nuvem
O armazenamento em nuvem usa computadores físicos, mas salva os dados a distância. A gravação segue sendo feita em um HD — a diferença é que está a quilômetros da sua casa. Assim, sua principal vantagem é a arbitrariedade geográfica, já que você passa a acessar os arquivos independentemente de onde está.
Um dos pontos fortes é o custo. Isso porque boa parte dos serviços conta com uma porcentagem de memória gratuita, dispensando a necessidade dos gastos com HDs. A nuvem evoluiu o suficiente para abrigar mais que arquivos simples, hospedando softwares, jogos e aplicativos.
Para a tecnologia funcionar, seu armazenamento nos servidores são abrigados em data centers e protegidos por uma série de sistemas de segurança. A expectativa é a de que 80% das empresas vão apostar na nuvem até 2025.
Cibersegurança
Aumentar o uso da tecnologia faz com que cresçam igualmente as preocupações com segurança. Ciberataques já chegaram a atingir alguns dos sistemas mais importantes do país, como os do Superior Tribunal de Justiça e do Ministério da Saúde.
Os ataques são feitos de várias formas. Um exemplo é o vazamento de dados, que ocorre quando os invasores roubam as informações das vítimas e ameaçam sua divulgação. Outro tipo de crime é o ransomware, bloqueando o acesso dos sistemas e exigindo um pagamento em criptomoedas.
Um dos pontos que mostram o aumento da preocupação é a LGPD. A Lei Geral de Proteção de Dados surgiu principalmente para garantir que os dados na web sejam coletados com o consentimento dos visitantes — e é inspirada na europeia GPDR.
Realidade aumentada
Embora a realidade aumentada tenha feito sucesso recentemente graças a jogos como o Pokémon Go, a tecnologia começou a ser usada há muito mais tempo. Um dos primeiros exemplos apareceu nos anos 1960, em painéis que projetavam as informações no próprio vidro dos Aviões de Guerra.
A tecnologia está presente na rotina das pessoas com mais frequência do que costumam perceber. O QR Code, por exemplo, é um uso da realidade aumentada, sabia? Mas a tendência é ter a tecnologia aparecendo em cada vez mais espaços. E um exemplo de uso que está começando a ser explorado é o industrial.
Os óculos de realidade aumentada podem ajudar os profissionais a consultar a internet rapidamente, assistir a vídeos e ver documentos enquanto fazem a manutenção de uma máquina, por exemplo. Assim, os profissionais seguem as instruções dos especialistas e otimizam o tempo de trabalho.
Como se preparar para o futuro da tecnologia?
O futuro da tecnologia já dá pistas de como vai ser graças às mudanças que vem acontecendo nas últimas décadas. Isso passa pelo surgimento de redes sociais e plataformas de streaming. Mas, afinal, como se preparar para o que está por vir? Eu conto para você a seguir!
Conheça a terceira plataforma
Terceira plataforma é um termo criado pela IDC para definir um modelo em que há interdependência entre várias tecnologias diferentes. Isso inclui nuvem, Big Data, mídias sociais, dispositivos móveis e Internet das Coisas.
Nessa definição, a primeira plataforma é o sistema de computador mainframe, do final dos anos 1950. A segunda é o modelo cliente-servidor, começando nos anos 1980. A terceira surgiu no início de 2010, contando com as tecnologias que tendem a ganhar protagonismo no futuro.
Embora ainda não exista nenhum produto único de terceira plataforma, uma combinação de softwares diferentes pode implementar e pôr em prática algumas de suas soluções.
Ainda existem debates sobre a viabilidade de uma quarta plataforma, sem consenso sobre seu significado. Mas, nas previsões, há a possibilidade de computação quântica — um tipo que usa propriedades de estados quânticos para os cálculos.
Aposte na tecnologia social
A tecnologia social é qualquer tipo que torna as interações entre as pessoas mais fáceis. Isso significa que é usada principalmente para a comunicação, passando pelas redes sociais e pelos serviços VoIP (chamadas telefônicas pela web).
Se a nuvem traz a infraestrutura para que as informações sejam acessíveis, a tecnologia social facilita o acesso aos dados. Entre os exemplos de sistemas sociais que podem passar despercebidos estão as wikis e os blogs.
Isso porque são espaços colaborativos ou criados pelos próprios usuários, servindo como um meio de interação social. Os recursos de comunicação também são exemplos da tecnologia, como as conferências na internet.
Fique de olho nos avanços dos dispositivos móveis
Um dos movimentos de mobilidade da terceira plataforma é o apelo aos tablets e smartphones. Embora estejam na rotina de todo mundo, é por meio deles que as pessoas podem ter acesso ao Big Data. Um exemplo é o de escolas que dão tablets aos alunos, fazendo com que a tecnologia ocupe o espaço dos livros didáticos.
O uso dos celulares é mais alto do que a maior parte das pessoas percebe. Um único indivíduo tira o smartphone do bolso, em média, mais de 200 vezes por dia. O número de toques diários também é alto e boa parte dos usuários já está habituada a diariamente checar as redes sociais.
A popularização tem crescido em todos os cantos do planeta e há mais linhas de celular ativas do que pessoas no mundo. Embora tenha tido alguns anos de queda, o Brasil voltou a crescer seu número e hoje mais pessoas têm acesso à telefonia.
Abrace o Big Data
A ideia central do Big Data é a maximização da utilidade dos dados. Isso é feito a partir de soluções capazes de lidar com informações não estruturadas em uma velocidade alta. Assim, elas são exploradas com frequência no universo do marketing, por exemplo.
Dados não estruturados não têm relação entre si — são posts, vídeos, localização, comportamento etc. E essa é a principal diferença do Big Data: a capacidade de criar relações que originalmente só poderiam ser feitas por humanos, mas com o volume e a capacidade que só podem ser alcançados pela máquina.
O Big Data só funciona quando há uma grande capacidade de armazenamento, já que os volumes podem crescer em pouco tempo. As sugestões de empresas como a Netflix e a Amazon se baseiam nessa tecnologia.
Comece a adotar a nuvem na sua rotina
A nuvem é um conceito amplo, que explora desde os backups simples até o armazenamento de escritórios inteiros. Por isso, vale conferir as licenças e os acordos dos fornecedores na hora da migração. O ideal é garantir que os dados que são armazenados fiquem por lá.
Dependendo da quantidade de dados para a migração, vale apostar em um planejamento, criando uma estratégia de migração. Se os dados são sensíveis, o ideal é ter cuidado com as opções de segurança do provedor. Os planos de disaster recovery também são úteis, impedindo que a empresa perca os dados em um imprevisto.
Avaliar os custos da migração para a nuvem é importante, já que os planos gratuitos costumam ter uma quantidade menor de espaço disponível. Os serviços costumam se basear em assinaturas mensais, sem custos para atualização.
Experimente a IoT
A Internet das Coisas conecta os dispositivos que você usa na sua casa, como aparelhos de TV, geladeiras, lâmpadas e por aí vai. Apesar da modernidade, estamos apenas vendo a evolução de um conceito que já existe desde o final dos anos 1990.
Entre os pontos fortes, aparecem o aumento da segurança residencial e o diagnóstico de problemas, assim como o incentivo aos recursos renováveis. Experimentar a IoT não é só entrar em contato com o futuro da tecnologia, mas com ideias que estão sendo colocadas em prática hoje.
Empresas como a brasileira Positivo Tecnologia já lançaram gadgets voltados à Internet das Coisas, como lâmpadas e tomadas inteligentes. Os dispositivos podem funcionar via Wi-Fi e também são ativados com assistentes virtuais por comando de voz.
Não abra mão de uma internet de qualidade
Pode ser difícil pensar em um futuro da tecnologia conectado quando você esbarra com o ícone circular de carregamento toda vez que vai assistir a um vídeo, não é? Ou então, ao abrir um site (como este blog que você está lendo), as imagens são carregadas apenas pela metade e demoram uma eternidade para ficar completas.
Existem muitos fatores que contribuem para uma conexão lenta. Isso inclui o tipo de conexão, a qualidade do serviço, a infraestrutura dos próprios sites, o tipo de modem ou roteador e outros pontos. Por isso, é algo que costuma exigir uma boa dose de seletividade de fornecedores.
Os últimos anos fizeram com que muita expectativa fosse criada sobre o futuro da tecnologia, e vários experimentos têm sido realizados pelas grandes empresas. Nem todos dão certo e se popularizam. O celular movido a energia solar da Apple, por exemplo, foi idealizado nos anos 2000 e até hoje não saiu do papel.
Mas, para esse tipo de avanço, não faltam investimentos. Uma forma de ficar por dentro das novidades e saber mais sobre o que está por vir é consumindo os podcasts de tecnologia. Assim, você aprende mais sobre o tema ouvindo alguns minutos por dia com seus fones de ouvido.
Está afim de aprender ainda mais sobre tecnologia e internet de qualidade? A Cabonnet está sempre publicando materiais, dicas e novidades sobre o assunto, e você pode conferir mais no nosso LinkedIn!
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