Você consegue imaginar sua vida sem as redes sociais? É estranho pensar que, até 16 anos atrás, quando surgiu o primeiro site que dominou a cabeça e o coração dos brasileiros (o saudoso Orkut), a vida online não tinha essas plataformas.
Compartilhar o dia a dia no Instagram, marcar os amigos em memes no Facebook, acompanhar as principais notícias no Twitter, entre uma série de outras ações: hoje, as redes são parte da rotina. Isso tem um lado muito bom, é claro, mas também merece cuidado.
Afinal, até que ponto elas são positivas para nossa rotina? É possível fazer um uso seguro das redes sociais? Se sim, como? Neste guia completo, você verá todos os pontos a que precisa ficar atento. Boa leitura!
Pontos positivos das redes sociais
As redes sociais não tomaram a dimensão que têm à toa: para além de toda a discussão existente sobre os pontos negativos, elas ajudaram as pessoas em muitas questões importantes.
Isso é perceptível, por exemplo, durante o período de afastamento social, necessário para protegermos nossa saúde, no qual descobrimos as vantagens da tecnologia e internet em casa.
Neste momento, tem sido possível manter o contato com amigos e familiares justamente por meio das redes sociais. As lives realizadas no Instagram, por exemplo, são um alívio para assistir a pessoas que admiramos falando conosco na sala de casa. Também temos contato com novos conteúdos e cursos e podemos fazer festas com os familiares que estão longe.
Mesmo fora desse contexto, as redes sociais permitem que pessoas com gostos e visões de mundo parecidos se encontrem, dão acesso a conteúdos em tempo real enviados pela rede e garantem um maior contato com as empresas e marcas que você ama. Além disso, elas o conectam às atuais tendências, entre uma série de outros benefícios.
Viu só? É por isso que elas ocupam um papel importante: são um lugar de aproximação, conversação, trocas de experiência e estreitamento de laços.
Redes sociais mais usadas no Brasil
O Brasil é o país que está mais conectado às redes sociais em toda a América Latina — 88% da nossa população tem perfil em pelo menos uma plataforma, batendo os percentuais de países como México e Argentina. Mas, então, quais seriam os principais sites utilizados no país? Vejamos os principais a seguir.
Líder de usuários no Brasil e no mundo, a rede foi criada em 2004 e abrigou os órfãos do Orkut por aqui. Nela, você pode adicionar amigos, trocar mensagens, acompanhar postagens em seu feed de notícias e suas marcas preferidas por meio das páginas delas e publicar fotos, vídeos, enquetes e stories, entre uma série de outras ações, entre elas, até mesmo, jogar online.
A última novidade da plataforma foi a possibilidade de criação do próprio avatar: ou seja, uma imagem sua poderá ser utilizada para expressar suas reações nos comentários de publicações. Bacana, não é mesmo?
A rede de quem ama uma boa imagem, o Instagram surgiu em 2010. Atualmente, faz parte do mesmo grupo do Facebook. Por isso, é normal que algumas funcionalidades transitem entre as duas plataformas (como a opção de publicação em story).
No Insta, como é conhecido, você pode compartilhar fotos e vídeos, criar vídeos curtos e publicá-los no Reels, montar o seu canal de TV (IgTV) com conteúdos próprios, aplicar filtros em suas imagens e encontrar conteúdos tanto na aba Explorar quanto por meio das hashtags específicas, entre uma série de outras funções interessantes.
A famosa casa dos 140 caracteres (hoje, 280) surgiu no ano de 2006 e logo ganhou destaque por ser a rede na qual as pessoas podiam compartilhar apenas o que poderia ser enviado em um SMS (ALERTA: se você sabe o que é isso, pode estar ficando velho).
Assim, trata-se de um microblog, no qual você pode salvar posts para ler mais tarde, encontrar conteúdos por meio de hashtags, acompanhar quais são os assuntos mais comentados do dia pelos trending topics do Brasil e mundiais, responder a tuítes da sua rede, seguir amigos e curtir suas publicações, entre outras funções.
TikTok
O aplicativo queridinho chinês ganhou fama nos últimos meses, e diversos famosos estão compartilhando conteúdos nesse espaço. O objetivo do app é a troca de vídeos breves, criativos e que sejam tendência.
Contudo, o forte, agora, são os desafios (ou “challenges”) realizados na plataforma, que são reproduzidos pelos seus usuários. Muitos vídeos que circulam nas outras redes que listamos acima saíram justamente do TikTok, que é a rede social do momento. Então, se você ainda não criou sua conta, está perdendo tempo!
O LinkedIn é uma rede social focada no ambiente corporativo, mais indicada para quem deseja se inserir no mercado de trabalho, promover serviços, ser visto etc. Muitas empresas de RH já buscam seus candidatos na plataforma.
Nela, além de expor o seu currículo e portfólio, você pode receber recomendações de pessoas que já trabalharam com você antes, que comentarão suas qualidades profissionais. Além disso, poderá acompanhar vagas de emprego, se candidatar para elas e conversar com pessoas que influenciam a sua área. Interessante, não é?
Além disso, você pode criar conteúdos focados no ambiente organizacional, mostrando-se uma autoridade em seu campo de atuação. Essa postura tende a lhe dar destaque na disputa por vagas.
YouTube
A rede social de vídeos mais popular do mundo pertence ao Google e é uma das principais fontes de consumo de conteúdo audiovisual. Provavelmente, você tem seus youtubers preferidos e assiste às publicações deles constantemente.
Ela também permite que você compartilhe seus conteúdos e, assim, possa agregar valor à plataforma. Além disso, para quem deseja uma renda extra, é possível monetizar conteúdos de acordo com o número de visualizações!
Atualmente é o principal aplicativo de conversação em todo o mundo e também pertence ao grupo do Facebook e Instagram.
Por meio dele, você pode trocar mensagens com os contatos salvos em seu aparelho, fazer videochamadas, compartilhar fotos e vídeos, criar grupos e enviar mensagens por meio de lista de transmissão — tudo de forma segura, com a criptografia de ponta a ponta. Isso quer dizer que apenas você e seu destinatário saberão o conteúdo da mensagem.
Características das redes sociais
O que as redes sociais têm em comum, para que todas recebam esse nome? Vamos mostrar os principais pontos a seguir:
- compartilhamento de informações;
- mobilização dos usuários;
- interação entre os membros;
- criação do seu perfil (mesmo que seja com a inserção de um nome e foto apenas, tal como ocorre no WhatsApp);
- formação de redes, podendo incluir e excluir pessoas etc.
Redes sociais e saúde emocional
Uma questão que ficou bastante evidente com o novo documentário da Netflix “O Dilema das Redes” é a relação entre o uso das redes sociais e a saúde emocional. Isso, porque o uso recorrente interfere nos mais diferentes aspectos da vida dos indivíduos.
Um primeiro ponto, que talvez seja o mais evidente, diz respeito à autoestima. Estudos mostram que o uso constante das redes pode influenciar o desenvolvimento de quadros de depressão.
Isso é perceptível quando observamos, por exemplo, como uma redução no número de curtidas em uma publicação nos afeta: será que a foto não ficou legal? O ângulo não ficou bom? Ficamos feios? Muitas pessoas usam isso como um parâmetro para definir se deixarão a imagem ali ou se a deletarão, mesmo que ela de seu agrado.
Pessoas mais jovens, principalmente adolescentes, estão mais suscetíveis a esse tipo de questão. Afinal, nessa idade, estamos começando a moldar nossa subjetividade, e o olhar do outro tem um peso muito grande: se não gostam da gente, temos algum problema.
Por isso, os dados são alarmantes entre esse público: segundo outra pesquisa, há uma correlação entre o uso das redes e o aumento nos casos de suicídio entre jovens e adolescentes.
Além disso, em um ambiente no qual as pessoas sempre mostram um mundo sem defeitos, com imagens e peles retocadas para parecerem impecáveis e em que estão sempre sorrindo e felizes, é normal que a pessoa se confronte com sua realidade: se todos estão felizes, sendo bem-sucedidos, e eu não estou, o problema sou eu.
Isso não é verdade: nesses ambientes, tudo o que é publicado passar por um filtro, pois só se posta aquilo que convém a quem o está fazendo. Ou seja, possíveis momentos ruins, questões delicadas e erros não costumam aparecer. Por isso, essa comparação é inadequada. Mesmo assim, diante da chuva de publicações, é fácil não levar isso em consideração.
Outro ponto é: nosso humor é modulado pelas redes sociais. Uma pesquisa polêmica realizada pelo Facebook em 2014 — sem consentimento e consciência dos envolvidos — mostra que usuários que são apresentados a conteúdos mais felizes tendem a se expressar de forma mais positiva. Em contrapartida, é mais provável que aqueles que encontram posts tristes também fiquem tristes. Ou seja, o humor da sua rede influencia o seu.
Por fim, uma outra questão alarmante também merece atenção: o uso das redes sociais pode ser altamente viciante para o usuário. Isso, porque a nossa passagem pelos feeds de notícias e pelos aplicativos de relacionamento desperta a produção de dopamina (hormônio que trabalha na sensação de prazer) em nosso cérebro, e uma curtida ou comentário intensifica isso.
Imagine esse mecanismo sendo acionado repetidas vezes ao longo do dia, proporcionando essa sensação em sua mente. Parece bom, não é mesmo? A grande questão é: essa experiência é altamente viciante e gera compulsão.
Ou seja, quanto mais você estiver exposto a ela, mais vai querer repeti-la, e isso leva a um verdadeiro vício em redes sociais (algo que é considerado desejável pelas empresas, pois mantém você no espaço delas por mais tempo; porém, é prejudicial para a sua saúde). Por isso, atualmente, há, até mesmo, clínicas que trabalham com reabilitação e desintoxicação desses ambientes virtuais.
Assim, é importante estar atento à forma como você consome conteúdo em suas redes sociais. Um uso não saudável pode trazer sérias consequências para sua saúde mental. Caso você sinta que esse tipo de situação está acontecendo, é importante considerar a possibilidade de contar com auxílio profissional — por meio de terapia, por exemplo.
Dicas para usar as redes sociais de forma saudável
Após assistirem ao documentário “O Dilema das Redes”, muitos têm repensado o uso das redes sociais. Afinal, seus impactos podem ser severos em nosso dia a dia. Ainda assim, com frequência, elas cumprem um papel importante na vida social. Por essa razão, em vez de abandoná-las, é preciso descobrir como usá-las de forma saudável. Veja alguns caminhos para isso.
Aprenda a ter tempos de desconexão
Como vimos, as redes sociais viciam. Por isso, é importante impor-se períodos offline. Quer uma dica? Coloque seu celular em modo avião pelo menos uma hora antes de dormir. Outra possibilidade é sair para caminhar sem ele e observar as coisas ao seu redor. A experiência pode ser impactante!
Retire as notificações dos seus aplicativos
Para garantir a sua atenção entre tantos aplicativos, os algoritmos enviam notificações recorrentemente. Como você quer estar por dentro de tudo (é o famoso FOMO, do inglês Fear Of Missing Out, ou “medo de estar perdendo algo”), se sentirá tentado checar o celular. Isso educa seu cérebro a sempre fazer esse movimento. Quando você tira as notificações, retira esse gatilho e, assim, pode ter maior tranquilidade no seu dia a dia.
Pare e reflita antes de compartilhar uma informação
Que atire a primeira pedra quem, sem querer, não compartilhou fake news ou uma informação errada. Isso ocorre porque, na pressa diária, nos pautamos apenas por quem enviou a notícia, por exemplo, e esquecemos de conferir sua veracidade.
A questão é que quem nos enviou também pode estar com pressa e ter relevado esse cuidado. Por isso, mesmo que a matéria tenha vindo de pessoas próximas, busque formas de confirmá-la e evite propagar mentiras.
Fique atento ao tipo de informação pessoal que você compartilha
Algumas questões podem tomar proporções inesperadas. Por exemplo, um desabafo sobre algo seu pode se tornar viral. Assim, aquilo que pertencia à sua história passa a ser amplamente conhecido. Isso fará bem para você? Reflita bem antes de publicar algo.
Tenha cuidado com fotos e vídeos íntimos
Muitas vezes, os conteúdos podem ser vazados, ainda que sejam de caráter privado. Para não dar chance para o azar, é fundamental tomar cuidado com os riscos de Wi-Fi aberto. Isso, porque criminosos podem interceptar suas informações por ali e gerar problemas para você.
Evite seguir perfis tóxicos
Acompanhar conteúdos que prejudicam a saúde mental não é incomum. Páginas de pessoas do mundo fitness, por exemplo, podem gerar uma cobrança muito forte sobre você acerca do corpo perfeito. Está sentindo isso? Uma opção é deixar de segui-las.
Esse tipo de atitude também pode ser tomado com relação àqueles conteúdos e perfis que você, de verdade, não curte. Se aquilo não te motiva, por que continuar consumindo? Esse excesso de informação em sua timeline é desnecessário e pode sobrecarregar sua mente.
Tome cuidado com as discussões em que entra
É comum que, por convicções pessoais, nos envolvamos em assuntos delicados. Contudo, as discussões podem ser altamente desgastantes e não levar a lugar algum. Será que o outro realmente está disposto a ouvir e refletir? E você? Se qualquer uma das partes quer somente se impor, vocês apenas terão perdido paz de espírito e tempo de vida.
Não se prenda a números
Com frequência, mensuramos a nossa autoestima pelo número de likes que recebemos ou pelos “matches” nos aplicativos de encontro. Nisso, muita gente acaba se comparando com pessoas que têm outros estilos de vida e pensando: por que não sou tão popular quanto fulano? Melhor fugir desse buraco. Por isso, sempre se lembre: você é muito mais do que um número de curtidas, ok?
Além disso, como discutimos mais acima neste conteúdo, tudo o que vemos nas redes sociais — principalmente, os influencers — é editado para parecer sem defeitos. Assim, por exemplo, um perfil de viagens, normalmente, não apresenta todos os perrengues e atitudes erradas dos usuários. Quando pensamos bem, não tem nem sentido se basear nisso para mensurar a sua vida, né?
Redes sociais usadas por crianças e jovens
Como nos habituamos com as redes sociais, podemos nos esquecer de que esse é um ambiente que pode ser altamente nocivo para crianças e jovens. O melhor, porém, é não naturalizar a presença deles nesses ambientes.
Em primeiro lugar, como falamos antes, as redes sociais são um espaço de alta exposição. E, infelizmente, temos muitas pessoas mal-intencionadas no mundo. Por exemplo, pedófilos costumam agir nesses espaços, fingindo que querem ajudar ou ser amigas dos pequenos, com o objetivo de ter a conduta criminosa no futuro.
Não é à toa que, por exemplo, muitas dessas redes sociais têm limite mínimo de idade — normalmente, 13 anos. Contudo, nunca é pedida uma comprovação, de forma que crianças e jovens podem burlar esse controle apenas com mentir o ano em que nasceram.
Assim, eles podem estar expostos a uma série de questões, como:
- divulgação dos seus dados pessoais, que podem ser utilizados por indivíduos de má-fé;
- aliciamento para compartilhamento de dados importantes (como o colégio em que estudam), abrindo a possibilidade de sequestro para obter dinheiro dos pais;
- atração das crianças por parte de pedófilos, que buscam identificar vítimas em potencial;
- exposição indesejada e bullying, algo que pode tomar proporções inimagináveis.
Fato é: o uso seguro das redes sociais por crianças e jovens passa, necessariamente, pela atenção dos adultos com o tema. Por isso, os responsáveis precisam ficar em cima.
Para tanto, há a possibilidade de utilizar aplicativos específicos para controle parental. Eles notificam os responsáveis toda vez que a criança faz amigos, tem novos seguidores e recebe mensagens e comentários. Assim, fica mais fácil identificar qualquer conduta suspeita.
Mas, além disso, outro passo importante é informar e conscientizar as crianças sobre os usos das redes sociais. Alguns pontos que merecem atenção são:
- não enviar dados pessoais para amigos feitos na internet;
- tomar cuidado com quem pede fotos e vídeos;
- evitar adicionar em sua rede social quem não conhece;
- evitar postar algo que não falaria pessoalmente para alguém;
- evitar expor imagens e informações que possam identificar a rotina da criança e jovem (escola em que estuda, onde faz natação etc.);
- tomar cuidado com quanto tempo a pessoa passa nas redes sociais.
Para tudo isso, o diálogo tem um papel fundamental. Sem ele, as crianças não se sentem à vontade para compartilhar as experiências ruins por que possam estar passando. Por exemplo, se você for repressivo, elas não se sentirão confortáveis para falarem que estão sofrendo bullying de colegas.
Explique os riscos, ensine sobre condutas confiáveis e sempre deixe o espaço aberto para o diálogo. Isso é fundamental para que possam agir de forma preventiva, tomando cuidado a cada interação.
Importância de uma boa internet
Como você pôde perceber, as redes sociais fazem parte da nossa vida. Se você as ama ou as odeia, não importa: de qualquer forma, em algum momento, vai ter contato com elas. Mesmo que seja por meio dos aplicativos de conversação, como o WhatsApp.
Para ter uma boa experiência, principalmente no envio e consumo de áudios, fotos e vídeos, é fundamental contar com uma boa internet residencial, que permita que a troca de informação seja fluida. Assim, você conseguirá ter acesso aos conteúdos de forma rápida, bem como enviar o que seja do seu interesse.
Imagine, por exemplo, não conseguir realizar aquela chamada de vídeo com seus familiares ou para o trabalho devido ao travamento gerado por uma internet instável. Ou não conseguir acompanhar o streaming do seu artista preferido… Nada bom, não é?
Por isso, uma boa conexão, fornecida por um provedor de internet local de confiança, é fundamental para suas atividades, seja para trabalho ou lazer. Então, pesquise bastante sobre a reputação das empresas que oferecem o serviço em sua região, analise a velocidade de internet a ser contratada e faça a melhor escolha para sua residência.
Você gosta de redes sociais? Então, não deixe de seguir os nossos perfis no Facebook: Assis, Ourinhos, Presidente Prudente e Tupã. Aproveite e acompanhe conteúdos como este diretamente em seu feed!
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